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terça-feira, 17 de abril de 2007

Violência toma conta em todos os níveis

Quem leu jornal, notícias online ou ligou a TV hoje pela manhã, foi atropelado por uma quantidade de notícias de violência "gratuita". Na Virgínia, nos EUA, mais um caso de um atirador que mata colegas de aula, desta vez em uma universidade. Aqui mesmo ao nosso lado, em Viamão, desde às 7h da manhã que um homem está mobilizando forte aparato policial devido a um crime parecido: atirou em uma jovem de 19 anos, que não se sabe se era uma ex-namorada ou vítima de perseguição, que acabou morrendo, e em mais três pessoas que estavam na mesma parada que ela. Desde que cometeu o crime, fugiu para uma igreja em Alvorada, onde trabalhava, e lá continua, tendo primeiro ameaçado cometer suicídio e, agora, ao que parece, que provocar uma situação que faça a polícia matá-lo. Há pouco divulgaram que a polícia invadiu o local. Cenas de vidas confusas que poderiam ser a de qualquer pessoa que conhecemos. Falta de amor, ou de rigor, não se sabe. O fato é que esse tipo de sentimento de posse x perda costuma detonar ações perigosas e de conseqüências imprevisíveis. O YouTube, é claro, já está cheio de vídeos sobre o caso americano, e não é nem preciso colocar links aqui, basta colocar "Virgínia" e eles estão lá.

O site de vídeos também acaba dando espaço, no entanto, para que pessoas que tem prazer em mostrar ao mundo as atividades fora-da-lei que praticam. Não vou dar o nome do usuário nem o link aqui, para não ajudar a promover essas pessoas, mas fica o alerta: basta uma busca com as palavras "Porto Alegre", para que surjam, além de vídeos sobre como a cidade "é demais", outros que não nos dão orgulho nenhum, muito pelo contrário.

Por outro lado, vou divulgar outro vídeo que não foi rodado em Porto Alegre, mas poderia bem ter sido, já que o tema principal não é apenas comum, mas crescente por aqui: moradores de rua e como as pessoas (não) se relacionam com elas. Chama-se "Homens Invisiveis", e aborda a nossa negação com relação às pessoas que vivem em situação de rua e até mesmo a "função social" que elas, incrivel e infelizmente, cumprem na nossa sociedade egoísta, individualista e acomodada.



A mesma Porto Alegre, no entanto, ainda tem pessoas que insistem em lutar contra tudo isso, como é o caso das jornalistas Rosina Duarte e Clarinha Glock, que iniciaram o jornal Boca de Rua - que já deu "filhotes", como o Boquinha. Saiba mais clicando aqui. A matéria é antiga, mas ajuda a contar a história. Infelizmente, nem todos os personagens continuam em nosso mundo para continuar contando-a, mas com certeza partiram sentindo-se um pouco melhores.

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