Teatro e imaginação
No final de março esteve em Porto Alegre, no Teatro São Pedro, o espetáculo "Ricardo III", com direção do Jô Soares e diversos atores globais. Aliás, ótima atuação do Marco Ricca, e foi bom ver novamente a Denise Fraga em um papel dramático. Mas o que chamou a atenção foi o pedido da Glória Menezes ao público para imaginar o cenário. Interessante que mesmo hoje, com tantas coisas prontas, cenários virtuais, não tenham encontrado uma solução para os palcos pequenos e apertados, e, ao mesmo tempo, me espanta que ainda consigamos fazer isso, imaginar, tão acostumados que estamos com tudo pronto.
Senti falta de um programa. No início da peça, a história é explicada, mas acho interessante que, por mais simples que seja, haja sempre um programa. Ele não só ajuda o espectador menos informado a conhecer e guardar o tema da peça, como serve de memória para consulta futura de quando foi a peça, quem encenou, etc.
Em março assisti "Carmem de Tal", no Rio. Uma adaptação do grupo teatral "Nós do Morro" (do Vidigal) para a obra de Prosper Mérimée adaptada por Bizet. Essa aproximação de obras clássicas não apenas para o presente mas também para a uma realidade mais próxima, é sempre bem vinda. Há cerca de 5 anos assisti uma "sambópera" do Boal, baseada na "Dama das Camélias", mas parece que ele também trabalhou com Carmem. Mas, exceto Ricardo III, os demais só vi porque pude ir ao Rio...
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