Lei para quê?
Revoltante o caso do casal jogado da avenida Niemeyer no Rio de Janeiro. Primeiro pela violência, mas, principalmente, pelo ridículo das leis brasileiras, que se não alcançam um determinado grau de especificidade, simplesmente não há como agir de acordo. O caso do Rio foi considerado sequestro o relâmpago, que não é previsto. Mas é sequestro, não é? Mas, como não há previsão, querem considerar roubo, que é muito mais leve. Bem, se pensarmos melhor, até quando há previsão existem um sem número de subterfúgios que levam a essa sensação geral de impunidade.
Leia-se os jornais, veja-se o noticiário. É o mesmo com a classe política. Estão todos aí novamente: Collor, Calheiros, Sarney(s) e outros de menos expressão política mas também responsáveis por escândalos financeiros. Um castelo ali, uma mansão de R$ 5 milhões aqui... tudo no Senado. Que esperar da ralé se a elite - que assim deveria ser do ponto de vista da ética por ascenderem a representantes do povo - age assim?
Os exemplos não ficam por aí. O cidadão médio também acha desculpas para tudo. Trabalho em um museu localizado em frente a um colégio particular tradicional, mas raros são os alunos e professores que o visitam. Não são obrigados a entrar, nem a gostar, mas a falta de curiosidade me espanta, já que sua temática é uma das mais procuradas no vestibular destes mesmos alunos. Mas o que esperar deles, se são os seus pais que atravancam as ruas centrais no entorno do colégio, estacionando em fila dupla, em cima da faixa de segurança, e até atravessados? Sinais. De nada adiantam leis se não são cumpridas e se não há educação sequer entre os mais abastados para evitar que se chegue aos extremos.
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