Dia da luta pela igualdade de gênero
Este deveria ser o nome dado à comemoração de hoje. Não é dia "da mulher". Este é o nome dado ao efeito placebo da sociedade que quer fazer com que as mulheres achem que tem algo a mais porque tem "um dia só para elas". Em todo o caso, muita coisa já mudou por aqui, é verdade. Ao menos no comércio.
Os anúncios estão cada vez mais inteligentes, dando-se conta do poder aquisitivo e opinativo das mulheres na hora da compra. O aumento do leque de interesses também começa a ser notado no mercado editorial. Há algum tempo mencionei um especial de Veja sobre as mulheres que foi um avanço, embora ainda engatinhante. Neste final de semana, Zero Hora lançou um especial interessante, exatamente pelo fato de que foi, como o próprio editor relatou, sugerido e elaborado por mulheres. Não é de se admirar a surpresa dele quanto a algumas questões óbvias para nós ou que, ao menos, não deveriam causar tanto alvoroço. Mais atenção à carreira, independentemente de se ela será desenvolvida antes ou depois da modernidade. Interesse por carros, casa, barco, por que não? De qualquer forma, no que diz respeito ao tempo histórico, essas mudanças lentas são até muito rápidas.
Nada que se compare à realidade das mulheres no inetrior do estado e do país, que é bem diferente. E o interior começa logo ali. E que dizer do resto do mundo? Na África, na Ásia, em nome de deus(es) são praticadas barbáries que continuam fazendo parecermos viver milênios atrás. Talvez seja esta mesmo a explicação do atraso de todos estes lugares: a falta de participação feminina. A opressão gera este atraso econômico e social. Não nos enganemos: mulheres podem ser ruins, tanto quanto os homens. Mas pegam junto, tem outras maneiras de ver a vida, seus problemas e soluções, que ajudariam bastante nesse mundo em que a tolerância excessiva de um lado e a inexistente de outro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário