Ballet Imperial da Rússia no Sesi

Na última quinta-feira (26) à noite o Ballet Imperial da Rússia esteve no Teatro do Sesi, em Porto Alegre, onde apresentou o Lago dos Cines.

É claro que a escola clássica russa é impecável em termos do objeto principal, que afinal de contas, é a dança, a técnica.

Mas é preciso que se diga que deveriam ter mais cuidado e serem mais exigentes com relação a algumas coisas. Por exemplo: já que são clássicos, deveriam exigir uma orquestra para acompanhar. Além de estar mais de acordo e ser infinitamente mais bonito, evitaria os problemas de som que ocorreram durante o espetáculo, que já apresentava cortes bruscos ao término das músicas quando, finalmente, silenciou no meio de uma dança. Os bailarinos principais terminaram os segundos finais da coreografia em silêncio, se retiraram, e as demais ficaram aguardando a música voltar e alcançar o ponto em que deveriam continuar. Lamentável, mas acontece. Se fosse orquestra...

Bem, outro probleminha: o programa. Totalmente incompleto. Deveriam ter seguido o exemplo do Ballet Nacional de Cuba (e de qualquer programa que se preze), que coloca não apenas a ficha técnica e o nome dos bailarinos, com currículo da companhia, mas também o resumo da história do ballet, quanto tempo de cada ato e de cada intervalo. Além disso, erraram no número de atos. São quatro, apresentaram em três e o programa tinha dois. Ao menos o que eu comprei.

Já os figurinos, gostei mais que os que tenho visto ao vivo e na televisão. Pequenos detalhes que deram mais vida aos cisnes. E a dramaticidade nos rostos das bailarinas também passou a dose que eu esperava da atmosfera sombria do momento.

A coreografia é de Marius Petipa (1º e 3º atos), Lev Ivanov(2º e 4º atos) e, neste caso, de Gediminas Taranda, também idealizador da criação, em 1994, do Ballet Imperial da Rússia, reunindo bailarinos das principais companhias de dança do mundo.

O Lago dos Cisnes é uma lenda na qual a Princesa Odette é transformada em cisne por feiticeiro, e para voltar à forma natural, precisa encontrar um amor verdadeiro, qe se sacrifique por ela. O Príncipe Siegfried a encontra durante uma caça, e acaba resgatando a princisa (essa é uma das histórias que viraram ballet em que a mocinha acaba bem no final, ao contrário de muitas outras...). A famosa música da peça foi composta por Tchaikovsky em 1876, por encomenda do Teatro Bolchoi de Moscou.