Eles foram chegando pela manhã e ocuparam o tradicional espaço de protestos em frente ao Palácio Piratini e Assembleia Legislativa na Praça da Matriz, Centro Histórico de Porto Alegre. Ainda lembro quando em uma greve os professores decidiram de fato acampar no local, e lá ficaram por aproximadamente 3 meses. Infelizmente, o cenário não mudou muito. Hoje os deputados decidem por um projeto que eleva o salário dos professores mas ainda o deixa muito aquém do merecido e acertado pelo próprio governador quando ministro da Educação, em uma discrepância tal que nem ao final do prazo prometido para concluir a atualização será possível alcançar o piso. Os professores tentaram sem sucesso incluir uma emenda onde o pagamento passaria a ser único e não em parcelas. Não vingou. Agora, tentam impedir a votação.
Entendo que é preciso marcar posição, mas também entendo que há um contingente de pessoas que gostaria muito de ver garantidos os mínimos que o que está sendo votado agora garante. Não estou nem considerando o quesito opinião pública. Aceitar agora uma proposta em caráter emergencial não quer dizer abandonar as demais lutas, a busca pelo ideal. É aí que me pergunto, assim como outro dia em um protesto de estudantes (?) quanto ao aumento da passagem, o quanto quem protesta efetivamente sabe e concorda com o que é oferecido de parte a parte - governos e movimentos sociais. Torço que os professores tenham uma remuneração mais digna. Que todos tenhamos. Que não seja pago nada exorbitante por serviços, especialmente os essenciais. Mas não quer dizer que precise ser contra tudo o que não for exatamente igual ao desejado idealmente. Intransigência de quem? Torço que vençam, senão hoje, amanhã, mais esta batalha. Mas a creio inglória.
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terça-feira, 20 de março de 2012
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