Espaço para comentar notícias, falar sobre o cotidiano, política, comunicação, e a cultura que nos leva a ser quem somos. Ou será o contrário?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Blog "Ficamos velhos. E agora?" e post do dia

Também mantenho (estava bastante esquecido, é verdade) o blog Ficamos velhos. E agora?. Após o recebimento de um e-mail na linha "Benjamin Button" ou "das cinzas às cinzas, do pó ao pó", me inspirei a reativá-lo às vésperas do Dia Nacional e Internacional do Idoso (sábado, 1º/10). A relatividade do sucesso faz um apanhado de algumas angústias e encerra com uma visão, espero, bem humorada de um cenário que, na verdade, me preocupa bastante.

Adoção do Tigrão: morador quase ilustre do Centro Histórico mobiliza moradores



Moradora do Centro Histórico desde o final do ano passado, acabo naturalmente prestando mais atenção nos problemas - que são muitos - de calçadas ruins, lixo espalhado (melhorou bastante após os contêineres, mas ainda precisa melhorar muito), moradores de rua, prédios históricos e obras abandonados, entre outros. Um deles, que é geral, é o dos animais, domésticos ou não. É triste, mas as pessoas ainda não são suficientemente educadas para recolher os dejetos de seus animais, de ver se são aptos a sair sem coleira e por aí vai. Mas há ainda os de rua. Passeando com meu cachorro pelo bairro me deparei algumas vezes com um cão de porte médio que aparentemente achei que era brabo. Não era, nunca foi e os moradores todos o conhecem como "Tigrão" - a pelagem faz jus ao nome. Tigrão circula pelo bairro calma e diariamente e convive com moradores e cães, especialmente nos finais de semana na Praça Brigadeiro Sampaio.
Hoje pela manhã, passeando novamente com meu cachorro, soube que os moradores estão tentando achar um dono para o Tigrão, o que obviamente não está sendo fácil para essa maioria moradora de apartamentos. Assim, caso os leitores saibam de alguém que queira um cachorro para casa com pátio, ele parece perfeito, pois embora não seja brabo, tem cara de quem sabe ser se ameaçado. Impõe respeito sem ser raivoso, como tem que ser. Convive com outros cães e crianças normalmente e é discreto - nunca o vi fazendo escândalos. Parece mais educado que muito cachorro com dono por aí, e é possível até que já tenha tido um.
Se você tem Facebook, clique aqui ou na imagem e ajude a divulgar essa campanha de adoção.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Hospital Conceição recebe exposição do MUHM sobre Mulheres, Medicina e Fé

"Mulheres, Museus e Memórias" é o tema da 5ª Primavera dos Museus

De 19 a 23 de setembro o Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul promove nos corredores do entorno do "Chalé da Cultura", espaço cultural do Hospital Conceição (av. Francisco Trein, 596 - Bairro Cristo Redentor) a exposição Mulheres e Práticas de Saúde: Medicina e Fé no Universo Feminino. Reeditada para a 5ª Primavera dos Museus, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) do Ministério da Cultura, a mostra vai ao encontro do tema desta primavera, "Mulheres, Museus e Memórias". O pioneirismo e a força das gaúchas será um dos destaques nesta mostra  que homenageia a trajetória de médicas que venceram barreiras sociais e políticas para estudar, se formar e prestar atendimento médico quando a atividade era predominantemente masculina. 

Foto: Divulgação/MUHM

Foto: Divulgação/MUHM

O museu também mostra o trabalho de outras mulheres, que não se tornaram médicas, mas que trouxeram luz para muitas pessoas: as parteiras. Algumas, com diploma. E, como a cura tem na fé uma grande aliada, as benzedeiras também estarão presentes com suas rezas e benzeduras. No sábado seguinte, dia 24 de setembro, a mostra volta para o Museu integrando um evento na praça Dom Sebastião, em frente ao MUHM, que será a 2ª Mateada da Primavera, que terá a presença de equipe e ônibus da Escola do Chimarrão, de Venâncio Aires, ensinando diferentes formas de preparar o chimarrão.

Visite a mostra Mulheres e Práticas de Saúde: Medicina e Fé no Universo FemininoFotos e documentário: Felipe Henrique Gavioli 

Documentários

As histórias dessas mulhers são apresentadas através de paineis com fotos de Felipe Henrique Gavioli e dois documentários"Fé" e "Vida", também do fotodocumentarista, que registrou as entrevistas realizadas pelo historiador Éverton Quevedo para a exposição. Foram fotografadas e ouvidas dez médicas ainda atuantes de diferentes especialidades que, além de serem protagonistas do seu tempo, já que o crescimento da atividade profissional feminina ainda é recente, alcançaram níveis de excelência técnica e acadêmica.
 
Já as parteiras e benzedeiras foram escolhidas com o apoio da folclorista Elma Sant'Ana, que editou, em parceria com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), dois livros com essa temática. Foram feitas entrevistas tanto em Porto Alegre como no Interior do estado, em municípios como Santa Maria, Ijuí, Uruguaiana, Capivaria do Sul, entre outros. 
 
No site do museu (www.muhm.org.br) é possível ainda conhecer outras trajetórias mostradas na primeira edição da mostra, em 2008. A precursora, a gaúcha Rita Lobato, formou-se na Bahia em 1887, e foi também a primeira vereadora eleita. As duas médicas seguintes a formar-se em território brasileiro também eram gaúchas: Ermelinda Lopes Vasconcelos e Antonieta César Dias formaram-se no Rio de Janeiro, em 1888 e 1889. Mais tarde, em 1904, Alice Maeffer tornou-se a primeira a formar-se em solo gaúcho.





terça-feira, 6 de setembro de 2011

Obras que param no tempo



Gostaria que alguém explicasse como uma obra que deveria estar pronta em 2008 entra em fins de 2011 parada ao lado e em frente ao Palácio Piratini e Assembleia Legislativa, numa área histórica, turística e que reúne diferentes poderes e tem a circulação da totalidade dos deputados estaduais sem que ninguém tome providências. A placa mostra que há investimento do governo federal com envolvimento do IPHAN, Prefeitura de Porto Alegre/SMOV/SMC, mas esse tipo de obra é de interesse de todas as esferas, ainda mais estando assim, tão perto do executivo e legislativo gaúcho. E está lá, abandonada.

Porto Alegre e a lógica do "se não dá pra ajudar, eu atrapalho"

Não é necessário explicar a ninguém que viva em Porto Alegre há quanto tempo esperamos para ver sair do papel a despoluição do Guaíba e a sua navegação até a cidade homônima mais o projeto de revitalização do cais Mauá. Isso sem falar na OSPA e na limpeza do Arroio Dilúvio. E há ainda o Metrô e o Aeromóvel. O problema é que além da "vontade política" parece que existe um grupo que não só é grande como é multiplicador de seguidores da arte do "se não dá pra ajudar, eu atrapalho". E isso é em todas as esferas. Vejam só: hoje acordei com a notícia de que o Sindicato dos Portuários está contestando o projeto de revitalização do cais pelos trâmites legais envolvendo secretaria de Portos e Hidrovias, etc. Agora à tarde, outra notícia: a de que o governo Federal mandou reduzir o valor do Metrô. Nada contra que as coisas nasçam do jeito certo, mas, convenhamos, FAZ TEMPO que esses projetos estão "por aí". É tão difícil fazer do jeito certo, sem precisar ir e voltar tantas vezes, perder recursos, passar o tempo? Quando PARECE que alguém está fazendo alguma coisa, sempre surge um "do contra". E se esse "do contra" estiver certo, bem, então tem gerações de pessoas fazendo tudo errado nesses projetos, pois entram e saem governos de diferentes partidos e a coisa não anda. Se nem a tempo da Copa vai sair, será que um dia sai? E fica a pergunta: quem ganha com isso?