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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Quintas no Museu de 02 de dezembro: Sarau Lírico traz a soprano Paola Bess acompanhada pelo pianista André Carrara e participação do tenor Jonatas Matthias



O próximo Sarau Lírico do MUHM acontece no dia 02 de dezembro com Paola Bess (soprano) e André Carrara (piano). Convidado: Jonatas Matthias (Tenor). Os saraus acontecem na 1ª quinta-feira de cada mês e fazem parte do projeto Música no Museu, que envolve diversos museus do país. Sempre às 18h30min na sala Rita Lobato do MUHM, Apoio Associação Gaúcha de Cultura Musical e Sindicato Médico do Rio Grande do Sul.

A entrada é gratuita, mas o museu convida aos que puderem participar da campanha de arrecadação de alimentos da Associação Saúde Criança Reflorescer, levem suas contribuições no dia do evento. Os alimentos que têm maior demanda são: feijão, açúcar, óleo, massa, farinha de trigo e de milho e leite integral. A associação repassa em forma de cesta básica às famílias atendidas, que são encaminhadas pelo Hospital da Criança Conceição.

Programa

1- Zueignung - Richard Strauss
2 - Morgen - Richard Strauss
3 - Tristezza - Francesco Paolo Tosti
4 - Melodia Sentimental - Heitor Villa-Lobos
5 - Canção de Amor - Heitor Villa-Lobos
6 - Summertime - George Gershwin (Porgy and Bess)
7 - Porgi Amor - Mozart (Le Nozze di Figaro)
8 - Donde Lieta Usci - Puccini (La Bohème)
9 - O Soave Fanciulla - Puccini (La Bohème)

PAOLA BESS, Soprano

Natural de Sapucaia do Sul. Iniciou os estudos de canto,  aos dezesseis anos, no conservatório de música Pablo Komlós, com o  tenor  Decápolis de Andrade. Participou do coro sinfônico da ospa, onde se  apresentou em diversas ocasiões como solista. Fez parte da Cia de Ópera São  Paulo sob a direção de Paulo Abraão Esper, obtendo favoráveis opiniões da Crítica. Fez aulas de aperfeiçoamento  com  Gisa Volkmann,  Lúcia Teixeira, Túlio Belardi,  Manfredo Schmiedt, Tiago Flores, Silvio Corrêa, Lídia Belardi e Patron Marchand (Chile). Em seu repertório constam obras de  Puccini, Verdi, Strauss, Villa-Lobos, Tosti, Mozart, Gershwin, Leoncavalo, Mascagni, Handel, Bach, entre outros. Estuda técnica vocal e repertório com o barítono Carlos Rodrigues.

ANDRÉ CARRARA, Pianista
O pianista André Carrara nasceu em Minas Gerais.  Aperfeiçoou-se com Nise Obino e Nelson Freire. Venceu o 9.º Concurso Sul-Americano de Piano ArtLivre, em São Paulo, e o concurso Sul-Americano Cidade de Goiânia. Nos Estados Unidos, foi laureado no International Piano Competition Gina Bachauer. Com excelente repercussão na crítica especializada, gravou os 12 Estudos Op. 10 de Chopin. Além de ter sido convidado para gravar a 3.ª Sonata para Piano de Francisco Mignone, sua discografia inclui o álbum "Notas Brasileiras" e a participação no CD "Compositores Contemporâneos, Pianistas Brasileiros". Atualmente integra o quadro de músicos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.


domingo, 28 de novembro de 2010

I Feira de Descarte Tecnológico

  
Boa oportunidade para quem não sabe o que fazer com seus equipamentos de informática, que não são novos para seguir usando, são muito abundantes e não poderão ir para museus na quantidade que existem (porque museu não é lugar de coisas velhas e nem de entulho!) e nem podem ser simplesmente colocados no lixo comum.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

"A Medicina Encontra a Música: A Presença Negra" é o tema do Quintas no Museu Especial

No próximo dia 18 de novembro às 18h30min, durante a Semana da Consciência Negra, o Museu de História da Medicina (MUHM) oferece dentro do Quintas no Museu o Especial "A Medicina Encontra a Música: A Presença Negra". Este será o segundo evento da série, que em outubro abordou a presença alemã e na próxima edição abordará a italiana.



Veridiano Farias

Veridiano Farias

Neste dia serão intercalados painéis de historiadores, depoimentos e apresentações de chorinho. Renato Panatieri e Éder Farias, descendentes dos primeiros negros a formarem-se em medicina no RS, respectivamente o Dr. Luciano Raul Panatieri e do Dr. Veridiano Farias, integram um dos paineis com relatos sobre as histórias de vida destes pioneiros. O mestre em História Arilson dos Santos Gomes apresenta o painel "Formando oásis: intelectuais negros de destaque na sociedade porto-alegrense entre os séculos XIX-XX". A música fica a cargo do Regional Laranjal, que irá interpretar chorinhos no evento. Apoio do Coletivo de Negros Empregados dos Correios (CONCOR) e da Associação Saúde Criança Reflorescer.

De acordo com a responsável pelo setor Educativo do MUHM, a historiadora Sherol dos Santos, o objetivo do evento é trazer, na Semana da Consciência Negra, diferentes abordagens e experiências a respeito do Negro no Rio Grande do Sul. "Vamos falar desde a intelectualidade de Porto Alegre até questões como a origem do termo 'regional' para definir os grupos de choro", exemplifica a historiadora.

Segundo o músico Luiz Bachilli Neto, "regional" é o nome dado, historicamente, a um grupo musical composto, a princípio, por Cavaquinho, Flauta transversa, Pandeiro e Violão. "Em seguida, dada a sonoridade apaixonante, agregaram-se o Bandolim e o Clarinete. Concomitantemente, apareceu Chiquinha Gonzaga, incluindo o Piano, não característico de um regional, apenas daquela época. Esses grupos interpretavam samba, lundu, polka e valsa canção, num estilo muito próprio, com uma divisão musical ousada. A esse estilo, deu-se o nome de Choro, mais tarde, carinhosamente, Chorinho. Nada mais Brasileiro", explica o músico. Para o tocador de cavaquinho do Regional Laranjal, entre os principais chorões hoje já se foram, estão: Antônio Calado, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Abel Ferreira, Ernesto Nazaré, Jacob do Bandolim, e Waldir Azevedo. As maiores expressões vivas são Altamiro Carrilho, Hamilton de Hollanda e Armandinho Macedo. "Nosso Regional é, na verdade, uma confraria, de caras que gostam de música, desde sempre, e que tiveram a felicidade de se encontrar na mesma cidade, nessas idas e vindas da vida", completa.

Estão previstas as execuções de Assanhado, Bola Preta e Doce de Coco (Jacob do Bandolim), Rabo de Pandorga (Bachilli), Brasileirinho (Waldir Azevedo), Pedacinhos do Céu (Waldir Azevedo), Mestre sala dos Mares (João Bosco e Aldir Blanc), Se acaso você chegasse (Lupicínio Rodrigues) e Brasil Pandeiro (Assis Valente).

Reflorescer
A entrada é gratuita, mas o museu convida aos que puderem participar da campanha de arrecadação de alimentos da Associação Saúde Criança Reflorescer, levem suas contribuições no dia do evento. Os alimentos que têm maior demanda são feijão, açúcar, óleo, massa, farinha de trigo e de milho eleite integral. A associação repassa em forma de cesta básica às famílias atendidas, que são encaminhadas pelo Hospital da Criança Conceição.


Serviço do Quintas no Museu Especial
"A Medicina Encontra a Música: A Presença Negra"
Data: 18 de novembro de 2010
Horário: 18h30min
Local:
Sala Rita Lobato - MUHM
Av. Independência, 270, Centro Histórico de Porto Alegre
Fone (51) 3029-2900



Recital: Regional Laranjal – Coletivo de Negros Empregados dos Correios (CONCOR)

Paineis:
Ms. Arílson dos Santos Gomes – Formando oásis: intelectuais negros de destaque na sociedade porto-alegrense entre os séculos XIX-XX.
Sr. Éder Luis Farias – Relato de vida do Dr. Veridiano Farias
Sr. Renato Panatieri – Relato de vida do Dr. Luciano Raul Panatieri

Após, coquetel e confraternização.



Pioneiros
Panatieri em pé, à direita, com seus colegas em 1949.Luciano Raul Panatieri (Porto Alegre, 1897 – 1972). Formado pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre em 1922, é, conforme os registros, o primeiro médico negro formado no Rio Grande do Sul.

Trabalhou em Rio Pardo e na capital gaúcha. O interesse pela literatura o levou ao Grêmio Rio-pardense de Letras.


Veridiano FariasVeridiano Farias (Rio Grande, 1906 – 1952). Concluiu os estudos secundários aos 36 anos, prestando vestibular para medicina em seguida. Em 1943 foi aprovado, matriculando-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, conseguindo transferência para Porto Alegre logo em seguida. Durante os anos de estudo trabalhou como chofer e motoneiro de bonde. Formou-se em 1951 e iniciou a vida profissional no Hospital Colônia Itapuã. Faleceu pouco tempo depois.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Novela Memórias Reveladas

Seria bem bom se os links abrissem... e também tem mais questões não respondidas. Uma é a requisição do historiador ( e de um trabalho de uma aluna). Outra é a que trata a respeito das requisições de jornalistas em função das eleições. A pergunta é: tudo o que estava sendo solicitado estava em fase de tratamento técnico? E ninguém sabia disso, esse auê todo foi pura falta de informação dos envolvidos? Ou foi uma decisão - e aí cabe saber de quem - de bloquear algo que estaria por lei com acesso liberado?
Falta explicação aí... segue nota divulgada nos meios arquivísticos.





 

Nota de esclarecimento da Direção-Geral



Recebi com pesar e preocupação a matéria "Historiador se demite em protesto contra o sigilo de acervos da ditadura no período eleitoral" (O GLOBO, 3/11/2010, pp. 1 e 10*).

Considero meu dever oferecer esclarecimentos aos membros da Comissão de Altos Estudos do Memórias Reveladas que nos emprestam gratuitamente tempo e ciência na difícil tarefa de liberar de vez os arquivos da ditadura militar.



Com relação ao conjunto documental solicitado pelo Prof. Fico (Comissão Geral de Inquérito Policial Militar - CGIPM), informo que foi concluída a organização do acervo e o seu acesso dar-se-á a partir da identificação do documento desejado (no inventário) e da própria requisição dos documentos.



Embora a documentação ainda esteja em fase de tratamento técnico (digitalização etc.), já é possível realizar pesquisa presencial.



Em 26/10/2010, o Prof. Fico solicitou "[...] acesso ao instrumento de pesquisa e, posteriormente, aos documentos [...]". No mesmo dia, conforme e-mail enviado pela Coordenadora-Geral Regional do Arquivo Nacional no Distrito Federal, foi solicitado que o referido professor entrasse em contato comigo no dia 29 de outubro, uma vez que eu e a Coordenadora-Geral de Processamento e Preservação do Acervo estávamos envolvidos em reuniões da Comissão Luso-Brasileira de Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental Comum (COLUSO), fora da sede da Instituição.



No momento em que o Prof. Fico optou por se desligar publicamente do Memórias Reveladas, o instrumento de pesquisa já estava no Rio de Janeiro. De fato, desde o dia 29 de outubro o instrumento de pesquisa está aqui, à disposição, mas o Prof. Fico não compareceu.

O nosso objetivo fora o de atender com brevidade e qualidade o pleito do Prof. Fico e de outros pesquisadores aqui mesmo no Rio de Janeiro, apesar do acervo estar em Brasília-DF.

Lamento que a tentativa de agilizar o acesso tenha sido, de maneira oposta, caracterizada como uma restrição ao acesso, chegando-se mesmo a afirmar que o "sigilo" foi mantido em razão "do período eleitoral", o que é injusto e, francamente, um absurdo.

No Seminário promovido pelo Memórias Reveladas, e mencionado na matéria, não ficou decidido "[...] que os demais arquivos seguiriam a experiência do Arquivo Estadual de São Paulo, que libera toda a papelada, exigindo apenas que o solicitante assine termo de responsabilidade [...]", pois o Arquivo Nacional e os arquivos estaduais não criam legislação e, pelo contrário, devem pautar sua atuação pela observância das normas existentes.

O que ficou decidido foi que todas essas instituições buscariam promover, junto aos órgãos competentes, alterações nas normas que regulam o acesso, de forma a que fossem estabelecidas normas como as que existem no Paraná e São Paulo. Para isso, o Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), que é ligado ao Arquivo Nacional, enviou, a todos os governos e arquivos estaduais parceiros do Memórias Reveladas, proposta de decreto regulamentando o mais amplo acesso à documentação do período do regime militar, exatamente conforme foi aprovado no Seminário. Um segundo envio será feito quando os novos governadores eleitos assumirem.



Por outro lado, o Arquivo Nacional e o Memórias Reveladas têm contribuído com a discussão e acompanhado a aprovação do PLC 41/2010, atualmente no Senado Federal, que busca regular o acesso a informações no Brasil. O PLC 41/2010 já foi aprovado na Câmara e apresenta inovações das mais oportunas no que se refere à liberação dos documentos do período do regime militar em razão de "relevante interesse histórico" ou que versem sobre "violações dos direitos humanos por parte de agentes públicos ou a mando de autoridades públicas".



Em complemento ao que foi dito aqui, encaminho em anexo os seguintes documentos:

- Panorama da legislação arquivística brasileira.doc<http://capela/intranet/media/2010/microsoft_word__panorama_da_legislao_de_acesso.pdf> (breve texto sobre o assunto).

- Legislação arquivística Brasileira.doc<http://capela/intranet/media/2010/microsoft_word__legislao_arquivstica_brasileira_reguladora_do_acesso__.pdf> (principais leis que regulam o acesso à informação);

- Dados do atendimento do Memórias Reveladas à pesquisadores.<http://capela/intranet/media/2010/dados_atendimento_2006outubro2010.doc>doc;

- Recomendações do Seminário Arquivos da Ditadura e Democracia<http://capela/intranet/media/2010/microsoft_word__recomendacoes_do_seminario_arquivos_da_ditadura_e_democrac.pdf> - a questão do acesso.

- Ofício aos governadores.<http://capela/intranet/media/2010/microsoft_word__ofcio_aos_governadores_dos_estados__enviando_decreto_de_.pdf>doc (encaminha minuta de decreto favorecendo a abertura dos arquivos)

- PLC 41/2010<http://capela/intranet/media/2010/plc_412010.pdf> (a proposta de nova lei de acesso à informação).

Espero que esses esclarecimentos e os anexos desta mensagem possam contribuir para uma reflexão sobre o episódio. Naturalmente, o Arquivo Nacional continua à disposição para esclarecimentos.



(*) Link para a matéria:

http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/2010/11/03/historiador-se-demite-em-protesto-contra-sigilo-de-acervos-da-ditadura-no-periodo-eleitoral-922934844.asp



Rio de Janeiro, 3/11/2010.

Jaime Antunes da Silva

Coordenador-Geral do Memórias Reveladas



Exposição retrata o Povo Negro em Porto Alegre

A exposição fotográfica "Visões Além da Retina" é uma promoção do Núcleo do Povo Negro da Carris com o projeto Memória Carris e aborda lugares institucionalizados, representações contemporaneas  e memórias do povo negro de Porto Alegre. Os organizadores convidam também a acessar o blog http://filosofiafrancesacontemporanea.blogspot.com

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Poesia vive