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segunda-feira, 24 de junho de 2013

É tudo reflexo #protestopoa

Entre a Borges de Medeiros e a Salgado Filho, hoje, houve quem protegesse o Banrisul próximo dali das depredações, mas princípios de tumulto, correria e gás não foram evitados. Depois, novamente na Borges, tumulto entre os dois grupos. Mas a BM também não ajudou mandando bombas no meio da multidão que não estava em conflito.

Manifestantes vinham da Borges de Medeiros 

Não entendo (façamos de conta) o motivo da BM não ir atrás de quem é facilmente identificável e jogar bombas na massa que se manifesta pacificamente. Até o horário filtra. Hoje pude ver bem isso e comprovar o que já achava. E apesar da diversidade grande e crescente, isso faz com que muita gente tema participar. Mas a ideia é essa, não?

Viaduto da Borges reuniu aqueles que observavam rumos da manifestação por volta das 20h30

Claro que vi também que o número de pessoas mal intencionadas aumenta, pois a divulgação não faz aumentar só o número de pessoas que realmente querem protestar - e aí incluídas as exaltadas - mas também envolve muita gente que só está aproveitando pra quebrar e quem sabe roubar algo. Quebrar pra extravasar as frustrações, que devem ser muitas. Roubar porque tem a ideia de que "todo mundo" faz isso, e ser honesto é coisa de trouxa. É diretamente proporcional o aumento de ambos os grupos. Mostrar na tv que a BM foi proteger a RBS - e precisava, ou haveria incêndio e carnificina - mas não fez nada pra impedir o que houve na Azenha, por exemplo, não ajudou. Infelizmente, mas também faz parte. 

É tudo reflexo do todo em que estamos inseridos. Não fosse a falta de investimentos em educação não demandaríamos tanto em segurança, saúde, em falta de conscientização política (antes de ser partidária) e falta de zelo pela própria cidade, honestidade, cidadania, enfim. Afinal, como diz o já batido bordão, essas pessoas simplesmente acham que não são representadas por nada disso.

Tem massa de manobra? Tem, de todos os lados. Tem oba-oba? Tem. E onde não tem? Tem gente - do bem ou do mal - que acha que é festinha. Vai "preparado", pro bem e pro mal. Pessoas com rosto envolvido em panos que não eram para proteger de gás lacrimogêneo. Pessoas de todas as idades que querem participar de um mo(vi)mento histórico.

Acessos que levavam ao Palácio Piratini estavam todos bloqueados,
inclusive para moradores, que precisaram dar voltas

A grande maioria, no entanto, na hora em que o tumulto começa, já está até indo embora. Quando eu mesma cheguei, meio pra fazer parte, meio de passagem pra casa, meio com aquela curiosidade que é inevitável na profissão, muita gente já ia para o lado contrário.




Quase meia-noite e os helicópteros ainda circulam pelo Centro Histórico e Cidade Baixa. Alguém aí acha que são manifestantes que estão lá fora? Mas tocar bombas para dispersar quem está em plena manifestação parece mais fácil. Não é à toa que chamam de "efeito moral".

segunda-feira, 17 de junho de 2013

#ProtestoPOA e outras cositas más

Protesto não é pra ser visto como transtorno. Ninguém pode ser "incluído" no "não faço parte", pois todos nós fazemos parte - embora eu ache que falta muita coisa pra entrar na pauta, como esses aumentos incríveis de coisas básicas que não se restringem ao transporte público. Ficar sem ônibus é ruim, mas eu canso de ficar em dias que não há protestos exatamente porque há outros problemas...

Vândalos não devem ser vistos como representação real desse protesto e devem ser identificados e responsabilizados, e não o todo criminalizado. Porém, infelizmente, eles estão - e estarão - sempre presentes, faz parte do "jogo", de todos os lados dele. Me dói ver a destruição de prédios históricos, não aprovo, abomino. Mas tem um lado que ainda acha melhor isso do que o nada. E faz muitos anos que não é só o patrimônio que desaba. O tempo dirá que patrimônio vale mais a pena ser cultivado

Daí alguém pode me perguntar o motivo de eu não estar lá. Bem, poderia dizer que não estou porque as manifestações de quem estava de fato saindo do trabalho e lutando pelo todo começa e acaba antes de eu mesma sair do trabalho, e a que acontece a essa hora é outra... entre tantas dentro do mesmo dia. Mas vai além disso. Em Barcelona eu vi os reflexos da passagem da Olimpíada: bairros abandonados pelos locais porque os preços aumentaram tanto que foi inviável para quem lá vivia permanecer. Alguns viraram bairros de turistas - e a cidade já tinha esse apelo - mas outros viraram refúgios de estrangeiros vítimas da xenofobia local. Como será o pós-Copa do Mundo em Porto Alegre? Não sou contra o evento, se ele resultar em retorno financeiro que permita o investimento e direcionamento em segurança, saúde, educação. Mas o planejamento de obras, atrasado ou até já sabidamente impossível, no caso do Metrô, me parece ser ainda avançado perto do planejamento do impacto social que parece não ter andado, apesar do anúncio ter ocorrido há muito. Estou falando de todas as esferas, cidades e estados envolvidos. E isso pra mim é motivo de sobra pra protestar. Só não acho que as pessoas que protestam nas ruas estejam pensando nisso. E ainda não achei um grupo com o qual me identifique para me juntar.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Museu vai à Escola

Uma das ações educativas do Museu de História da Medicina do RS é o projeto Muhm vai à Escola, que leva uma oficina de preservação de livros em forma de contação de histórias. Este ano as primeiras atividades aconteceram em uma escola particular (Vinícius de Morais) e outra pública (João Goulart) nos bairros Restinga e Sarandi, de Porto Alegre, em duas visitas realizadas no final de maio com várias turmas das duas escolas. O agendamento da ida do museu à escola, assim como da escola ao museu, pode ser feito pelo e-mail educativo@muhm.org.br, e a agenda pode ser consultada em www.muhm.org.br/educativo.





O Museu também estimula a educação continuada em forma de palestras, e até novembro deste ano realiza um ciclo para formação e atualização de professores, o "Papos de Professor", já em seu terceiro ano.




quinta-feira, 6 de junho de 2013

Exposição Margs e Muhm inaugurada



A exposição De humani corporis fabrica, do MARGS, conta com acervo do Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul e dialoga com a relação entre arte e medicina mostrando que o tema é recorrente na história da arte, passando pelas lições de anatomia, da abordagem da morte, dos estudos radiográficos da obra de arte, das mazelas da doença a representação do corpo como um retrato da natureza material e espiritual do ser humano. 

Em cartaz no Margs, até 11 de agosto de 2013, de terças a domingos, das 10h às 19h. 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Pinacoteca Rubem Berta... expectativa se renova



Anunciada pela segunda vez para a segunda metade de 2012, finalmente parece que a Pinacoteca Rubem Berta, na rua Duque de Caxias, em Porto Alegre, está mais próxima de ser aberta ao público. Os tapumes saíram e já é possível ver acabamentos. O que faz lembrar... e o Capitólio? E a Bibliotheca Pública (agora com a polêmica do novo nome)? E os restauros das praças agraciadas com o PAC Cidades Históricas, como a Matriz e a Dom Sebastião? E a Copa chegando.

domingo, 2 de junho de 2013

Arte e Medicina

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