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domingo, 13 de julho de 2008

Muito barulho por nada

Finalmente ando colocando em dia os filmes que queria ver. Mas, no geral, por mais badalados que tenham sido, ficaram devendo.

"Onde os fracos não tem vez" vai bem até uns 70% do filme. A cena do cara do outro lado da porta? Medo, tensão, perfeita. Ótimos diálogos, mantendo a ironia apesar de toda a violência ao redor. Mas aí, de repente, parece que alguém gritou "acabou a grana" e filmaram tudo de qualquer jeito. Então eu assisto toda aquela perseguição pra não ver a cena do cara matando o outro? E um sanguinário daqueles (Javier genial) deixa o policial escapar? Aham, então tá.

"Elizabeth" é fotografia, figurino, e era isso (e considerando a época retratada tinha mesmo que ser). Ou talvez o filme devesse se chamar Bess. E olhe que eu adoro as atuações da Cate Blanchett. Valeu pelo Clive Owen.

"O Gângster" vale pela história, o realismo, mas também avacalham no final. Aquela conversinha xoxa do policial e do gângster em questão não tem nada demais pra colocarem com tanto escândalo como extra no dvd. Final alternativo? Eu bem que estranhei em história verídica essa inserção.

"O Cheiro do Ralo" deveria se chamar "A Bunda". E era isso. Ou talvez "O olho do..." Como o próprio Selton Mello disse, ele começou o ano cheirando o ralo e terminou cheirando pó. Ainda bem, porque "Meu nome não é Johnny" é MUITO melhor. De novo, muito disso graças à realidade. Mas o filme é realmente bom, mostra bem onde é que estamos parando. Só os extras decepcionam, a presença do "Johnny" verdadeiro é subaproveitada.

De qualquer forma, os dois filmes que achei bem montados, completos... atuação, roteiro, fotografia, etc... são sobre drogas e as histórias reais. O que não tira o mérito de ninguém, afinal, deve ser difícil ter a pessoa que viveu o filme como juiz. Pena que quando é um livro de ficção que vira filme o resultado é geralmente tão diferente.

"O amor em tempos de cólera" eu já vi esperando me irritar: o clássico do Garcia Marquez em inglês é cruel. Mas eu já sabia disso. Também já sabia que o Javier Barden (porque ele fez isso?) não sentava bem para o papel, mas foi mais deprimente do que eu imaginava. Aquele baita homem fazendo aquela cara de cachoro sem dono que o Florentino tem? Não combina. E faltou brabeza na mocinha, mas tudo bem. Não fosse a Fernanda Montenegro, era tempo perdido. Desculpem o bairrismo, mas é verdade.

Próximos capítulos: "Juno", "Sangue Negro" e "O Caçador de Pipas". Que medo.

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